sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ainda me procuro em meio a tudo isso.
As coisas mudaram tão rapidamente que eu nem tive tempo
de parar assimilar e chorar como se deve.
Aconteceram e acontecem coisas que é pra se chorar por um dia inteiro de não
se ter tempo nem pra soluçar. Estou tão apática a tudo isso que minhas ações se limitam
a teclar e que o resto de forças que tenho me leve até o banheiro. Nem comer sinto mais vontade. Foram milhões de coisas em 3 anos, foram jogadas de qualquer jeito, e já vai para o 4 ano, e eu só vendo tudo indo para o buraco achando que as coisas voltariam aos seus lugares.
Não consigo fazer nada a meio tudo isso. Me entreguei, seja o que for.
Perdi muitas coisas, e o que não perdi foi por que nunca tive.
O pouco que ainda tenho vem de uma forma que não tenho um pingo de orgulho.
A única coisa que ficou que posso dizer com toda certeza do meu coração da minha alma
é que minha mãe é meu único premio que faço questão de exibir a todos, ela e meu irmão
foi o que me sobrou. Meu pai me decepciona a cada dia que passa, pensei que ele queria que a gente tivesse uma relação de pai e filha de verdade, nunca vai ser assim.
Me sinto tão jogada a sorte, é bem isso na verdade a minha situação.
Talvez aquelas vacas tenham toda a razão a meu respeito.
Eu nunca tive sorte, essa é a pura verdade isso me entristece muito, tudo o que amo simplesmente evapora.
Quero dormir e não acordar ou acordar com amnésia.
Asleep dos Smiths é bem o que sinto e o que desejo, Telescope do Rosie and Me é o mesmo.
É como se todos os meus sentimentos me rasgassem por dentro.
Não quero mais tudo isso, não suporto mais, saber que estou morta mais continuar aqui.
Estou morta enquanto ando na rua ou ver pegar o metro, estou morta e escrevendo aqui.
Mortos precisam fazer a passagem, e eu preciso dar um jeito nisso.
Não me interessa meus 20 anos, não me interessa a falsidade que vem na segunda, não me interessa ficar mais tempo aqui a toa.

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